"Disse pra ele: Diego vamos para casa com a mamãe. E ele respondeu: 'Não, mãe. Se ficar em casa, eles vão me prender'. E eu disse: então vai comigo e seu irmão que é cristão que eu vou te apresentar na delegacia. Ele aceitou", contou dona Nilsa, mãe de dez filhos e que trabalha num trailer vendendo comida na Vila da Penha, no subúrbio do Rio.
Ela contou que nunca aceitou a entrada do filho no crime e que vivia tentando convencê-lo a mudar de vida. Disse que foi até a casa do filho, na favela da Grota, no Alemão, e desceu com ele pela Rua Joaquim de Queiróz, onde a polícia montou uma base para que traficantes se entreguem. Mas ela não parou lá.
Anos atrás, Diego e alguns dos irmãos integraram o programa social Pró-Jovem, que tinha o delegado Luiz Fernando como um dos coordenadores. Ela procurou o delegado, que é adjunto na 6ª DP (Cidade Nova), mas que estava baseado na 22ª DP (Penha) e combinou a rendição do filho. Diego se apresentou na 6ª DP.
"Nenhum dos meus filhos seguiu esse caminho. Nunca aceitei isso", disse ela, acrescentando que tem filho pastor evangélico, estudante, motorista e o mais novo é jogador de futebol do juniores do Vasco da Gama.
Como cristã, ela disse que agradece a Deus a oportunidade de ter conseguido entregar o filho com vida à polícia e que tem certeza que de agora em diante, tanto ela quanto os irmãos e até mesmo Diego estão começando uma vida nova.
Para as mães de outros traficantes, ela deixa uma mensagem: "Agora estou feliz. Para os outros, aconselho que se convertam, que larguem isso porque contra a força de Deus não há resistência. Agradeço a Deus, em nome de Jesus, eu consegui. Orei muito. Prefiro vê-lo agora preso. Sei que ele vai sair convertido", disse dona Nilsa, acrescentando que Diego estava dentro da casa dele, na favela da Grota, no Alemão, dormindo quando ela foi até lá convencê-lo a se entregar.
Fonte: Patio Gospel
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